Hume, Kant e o utilitarismo apresentam visões e estruturas éticas extremamente diferentes. Sabendo disso, esse post se propõe a analisar a ética do personagem Dexter, como serial killer, sob a visão dessas três diferentes escolas.
Como já foi apresentado, Dexter é um personagem aparentemente normal, que esconde o segredo de ser um serial killer que mata outros assassinos, além de possuir um instinto assassino que surgiu em sua vida após a passagem por um grande trauma quando criança. É importante observar o fato de que o personagem mata outras pessoas por instinto e tenta direcionar esse seu instinto para realizar - a seu ver - um bem para a sociedade.
Como já foi apresentado, Dexter é um personagem aparentemente normal, que esconde o segredo de ser um serial killer que mata outros assassinos, além de possuir um instinto assassino que surgiu em sua vida após a passagem por um grande trauma quando criança. É importante observar o fato de que o personagem mata outras pessoas por instinto e tenta direcionar esse seu instinto para realizar - a seu ver - um bem para a sociedade.
Visão Utilitarista
Sob a visão utilitarista da ética, que classifica apenas as reações que as ações causam - apenas os fins e não os meios - o personagem estaria realizando uma ação correta e ética, do ponto de vista coletivo, tendo em vista que seus atos aparentemente não corretos - o ato de matar, por exemplo - causam um bem maior como fim - a proteção da sociedade de um assassino. Nesse caso, uma das leis do código de ética que regem os assassinatos do personagem apresenta fundamental importância, a lei de sempre se ter certeza, já que a falta de certeza poderia fazer com que Dexter assassinasse um inocente, não contribuindo para a sociedade e não apresentando um fim bom, o que minaria seu ato anteriormente considerado como correto, transformando-o em um ato errado sob o ponto de vista utilitarista.
Outro ponto que pode ser considerado através da ética utilitarista é a do deleite do próprio personagem. Dexter apresenta um prazer em realizar seus assassinatos, sem nunca sentir culpa quando seu código de ética é satisfeito. Sendo assim, do ponto de vista individual, suas ações também podem ser consideradas éticas, já que lhe causam prazer e não dor, nem a curto e - como não é descoberto - nem em longo prazo.
Visão Humeana
Segundo a ética analisada do ponto de vista apresentado por Hume, são nossos sentimentos e vontades que determinam o que é ou não ético e imoral. Neste caso, a razão seria apenas uma ferramenta para auxiliar a execução de atos que provém dos nossos sentimentos e emoções. Além disso, Hume analisa a motivação para a realização de cada ação, além da ação em si.
Sob a visão utilitarista da ética, que classifica apenas as reações que as ações causam - apenas os fins e não os meios - o personagem estaria realizando uma ação correta e ética, do ponto de vista coletivo, tendo em vista que seus atos aparentemente não corretos - o ato de matar, por exemplo - causam um bem maior como fim - a proteção da sociedade de um assassino. Nesse caso, uma das leis do código de ética que regem os assassinatos do personagem apresenta fundamental importância, a lei de sempre se ter certeza, já que a falta de certeza poderia fazer com que Dexter assassinasse um inocente, não contribuindo para a sociedade e não apresentando um fim bom, o que minaria seu ato anteriormente considerado como correto, transformando-o em um ato errado sob o ponto de vista utilitarista.
Outro ponto que pode ser considerado através da ética utilitarista é a do deleite do próprio personagem. Dexter apresenta um prazer em realizar seus assassinatos, sem nunca sentir culpa quando seu código de ética é satisfeito. Sendo assim, do ponto de vista individual, suas ações também podem ser consideradas éticas, já que lhe causam prazer e não dor, nem a curto e - como não é descoberto - nem em longo prazo.
Visão Humeana
Segundo a ética analisada do ponto de vista apresentado por Hume, são nossos sentimentos e vontades que determinam o que é ou não ético e imoral. Neste caso, a razão seria apenas uma ferramenta para auxiliar a execução de atos que provém dos nossos sentimentos e emoções. Além disso, Hume analisa a motivação para a realização de cada ação, além da ação em si.
Analisando Dexter, essa teoria ética apresentaria um processo lógico bem simples. Se o personagem deseja matar e tem bons sentimentos acerca deste ato, isso classifica sua ação como ética e moral. Vale aqui ressaltar que o personagem só tem bons sentimentos acerca do ato de matar quando ele satisfaz o seu próprio código ético.
Uma contradição que pode ser apresentada na análise sob a ótica humeana é o fato de que o autor introduz o conceito de senso-moral, da aprovação por todos. Nesse caso, as ações de Dexter seriam imorais, já que apesar de apresentar bons sentimentos ao realizar e planejar a ação, ela não causaria bons sentimentos nas outras pessoas, além de elas não serem “aprovadas” pelo senso-moral.
Visão Kantiana
A ética kantiana - ao contrário da humeana - coloca a razão no papel principal da moral. Neste caso, existe uma separação do que se quer realizar e do que se deve realizar. Aqui também são analisadas as motivações para a realização das ações.
Analisando nosso personagem principal sob a ótica kantiana, existem diversas questões a serem debatidas. A principal delas, analisando-se o fato de que Dexter assassina assassinos apenas para suprir sua "necessidade" de matar e não puramente para proteger a sociedade de pessoas ruins, suas ações seriam imorais, já que sua motivação não seria correta e ele realizaria a ação que quer realizar e não a que deve.
Visão Kantiana
A ética kantiana - ao contrário da humeana - coloca a razão no papel principal da moral. Neste caso, existe uma separação do que se quer realizar e do que se deve realizar. Aqui também são analisadas as motivações para a realização das ações.
Analisando nosso personagem principal sob a ótica kantiana, existem diversas questões a serem debatidas. A principal delas, analisando-se o fato de que Dexter assassina assassinos apenas para suprir sua "necessidade" de matar e não puramente para proteger a sociedade de pessoas ruins, suas ações seriam imorais, já que sua motivação não seria correta e ele realizaria a ação que quer realizar e não a que deve.
Porém aqui, um ponto a ser debatido é o fato de que muitas vezes Dexter apresenta a motivação de seus atos como instinto. Nesse caso, a ética kantiana não analisaria os atos cometidos, já que o instinto e as ações instintivas não podem ser julgados moralmente.
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